quinta-feira, 7 de julho de 2011

- balas

Balas são disparadas,como forma de morte,
Direccionadas estão para embater bem forte.
Palavras que são gritadas na escuridão,
Frases ditas que ainda cegam o poeta no meio da solidão.
Desenha o seu futuro,
Ilustra o seu destino na folha amachucada,
Mas teimam tentar a derrocada.
Deixam-no devastado e angustiado,
Tal e qual um veado
Quando perde a sua cria.
O poeta começa a fazer as comparações,
Para sentir da sua alma todas aquelas lições!
Afirmações aniquilam todos os traços do seu rosto,
A vergonha ganha a guerra e conquista o seu posto.
Instalada está, olhando para o exterior
Prevendo sempre o pior!
Vida do indivíduo exposta,
E ele sem resposta.
Só o lápis e a caneta como forma de expressão,
Para abandonar a revolução,
Evitando sempre a discussão.
Mesmo assim é atirado para o banco do fundo
Comparado sempre como um vagabundo.
Pega na guitarra e começa a compor,
Os seus olhos começam a ficar carregados com a dor,
A sua boca não abre com tanta monotonia de cor.
Só queria que as contas dessem resultado,
O final é-lhe sempre negado
Deixa só as palavras ditas,
Para tentar negar mais conquistas.

by: - nando'p.

Sem comentários:

Enviar um comentário